quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Uma decepção para os fariseus

"Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo" Jonas 2.7

Eu nunca freqüentei um cursinho por quatro anos para tentar o primeiro lugar de Medicina na USP. Muito menos malhei adoidado para ficar musculoso que nem o galã da novela das oito. Quem me dera ter nascido com cabelo liso e loiro para ficar parecido como o Brad Pitt, ou quem sabe trabalhar bastante como diretor da maior agência de propaganda do Brasil.

Também a repórter da coluna social do jornal nunca me procurou para fazer uma reportagem de capa sobre a inauguração da minha nova loja de calçados no bairro mais chique da cidade. Pelo contrário, um velho e bom All Star sempre foi meu companheiro fiel nessa longa caminhada, que muitos escritores e poetas chamam de vida.

Desde a minha conversão, em um acampamento de adolescentes em 2005, comecei a conhecer aquilo que ouvia nos cultos de domingos sobre vida com Jesus. Não estou querendo decepcionar aqueles que se julgam perfeitos e querem tudo na mais organizada linha de vida, mas o resultado de meus passos com Cristo pode não ser muito agradável para esta "elite gospel’’.

Aceitei a Cristo e continuei convivendo com a alegria e tristeza. Aceitei a Cristo e continuei vendo esse mundo proteger os ricos e humilhar os inocentes e de pouca fé, mesma situação vivida no tempo do meu melhor amigo. Aceitei a Cristo e continuei tropeçando e vendo que meu disfarce de santinho nos cultos da igreja não seria o melhor caminho a seguir.

Mas aceitei a Cristo e recebi a certeza de que meus pecados não servem para diminuir o amor de Deus por mim, mas são mostrados como prova de que preciso melhorar a cada dia e buscar ser que nem o meu Senhor. Aceitei a Cristo e vi que os meus olhos devem perceber o sofrimento de uma criança, a dor de um idoso e a decepção de um jovem.

Somente assim minhas mãos serão capazes de confortar esses corações tão aflitos e ofegantes.

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