Robertinho despertou na manhã de segunda cansado da noite de domingo. Com dor de cabeça e o bolso vazio, começava a semana na pior: não tinha mais grana para pagar o ócio de todo o final de semana. Encher a cara e tirar um racha era suas principais diversões.
Que médico o quê! Achava que todas essas recomendações eram uma tremenda frescura. Robertinho era um jovem de classe média alta, tinha aonde morar, aonde comer, aonde estudar e aonde dormir. Sempre fora um filho obediente, cujas notas na escola não deixavam mentir sobre seu desempenho dentro de sala de aula.
Porém, Robertinho pegou um caminho inverso e começou a se aventurar pelo mundão fora. Uma tequila aqui, outra caipirinha ali. Baladinha num sabadão, curtição com a turminha da faculdade no domingo de tarde. Logo conheceu o mundo das drogas.
Foi experimentando aos poucos. LSD, cocaína e maconha. O nariz andava coçando de tanto que cheirava. Afinal, era apenas uma curtição. Curtição que acabou num leito de hospital justamente na manhã de uma segunda qualquer. Robertinho morreu de tanto cheirar e beber. Morreu e virou estatística.
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