Era uma vez um grupo de jornalistas intrometidos que decidiram investigar as peripécias feitas por Dona Pauta, a última espécie de uma categoria que constantemente provocava repórteres, editores, diretores de jornalismo e simples estudantes.
Dona Pauta era uma senhora gorda, robusta, alta e com seus sessenta anos bem vividos. Foi militante nas Diretas-Já e enfrentou de frente a ditadura militar. Seu melhor companheiro, o rolo de macarrão que sempre carregava na mão esquerda, era o instrumento que acabava com a raça dos jornalistas. A categoria acusava Dona Pauta de várias agressões e de apoiar os relações-públicas, inimigos que viviam em um vilarejo próximo.
O plano traçado pelo grupo de jornalistas incluía um batidão de panela em frente a casa de Dona Pauta e reportagens de protesto nos periódicos que rodariam no dia seguinte. Para colher mais informações e afundar de vez a Dona Pauta, os jornalistas estavam “armados” com bloquinho, caneta, câmera, lápis e máquina de tirar foto.
Era meio-dia de uma segunda-feira. Dona Pauta descansava na sala de estar. Entretida com o programa policial que passava na TV, onde o limite da noticia é a verdade, a senhora gorda e robusta não prestava atenção no movimento de jornalistas em torno de sua casa. O sono pintou e Dona Pauta tirou uma soneca.
Era o momento ideal para que o grupo de jornalistas entrasse na casa de Dona Pauta...
CONTINUA...
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